Resenha: Não conte a ninguém - Harlan Coben

Oi gente! Como vocês estão?

A primeira resenha do blog é do livro: Não Conte a Ninguém, do autor Harlan Coben. Essa é a minha primeira leitura do autor e eu já adianto que estou super ansiosa para ler os outros livros dele. Apesar de eu ter dado somente 3 notas musicais, esse livro me surpreendeu e eu fiquei muito satisfeita com o final (eu realmente fico muito feliz quando eu gosto do final). Mas essa não é a minha primeira leitura do gênero, e apesar de fazer muito tempo que eu li, eu ainda lembro que na época achei o livro muito bom mesmo e desde lá adoro ler livros de suspense. Esse gênero me agrada bastante. Mas vamos lá!


“Eis a verdade sobre as tragédias: elas fazem bem à alma.”




Sinopse: David Beck e sua esposa Elizabeth comemoram o aniversário de seu primeiro beijo quando uma tragédia interrompe o clima de romance: Elizabeth é brutalmente assassinada. O caso acaba sendo resolvido e o assassino, condenado. No entanto, David não consegue superar a morte de Elizabeth. Depois de oito anos, ainda se lembra de todos os detalhes. Mas é no dia do aniversário de morte de Elizabeth que a história realmente começa. Uma estranha mensagem aparece no computador de David, uma frase que somente ele e a esposa conhecem. De repente ele depara com o que parecia impossível - em algum lugar, de alguma maneira, Elizabeth está viva. Ele é advertido para que não conte a ninguém e envolve-se em um sombrio e mortal mistério, sem saber que já está sendo seguido por alguém que o tentará deter antes que descubra toda a verdade.


“Aprendi que o fato de você não conseguir ver nenhuma outra explicação não significa que ela não exista. Significa apenas que você não consegue enxergá-la.”


Eu vou começar essa resenha, pedindo minhas sinceras desculpas ao autor por ter demorado tanto tempo para chegar à página final do livro. Eu não sei o que aconteceu, eu simplesmente esqueci do livro! E em minha defesa, eu tenho a acrescentar, que no começo do livro você fica meio perdido com a história e por isso fica meio chato não entender tanto mistério sem ação. Tanto que eu nem lembro do começo do livro, mas depois que você pega o ritmo (lá pro meio, depois do terceiro e-mail da mulher dele, eu acho) você simplesmente não consegue largar a história! Ou talvez o problema seja só comigo mesmo, por eu ser muito curiosa e um livro assim com tanto mistério me deixar inquieta querendo saber logo o final, mas por não poder, eu acabo perdendo o interesse (não me julguem).

É uma historia que te prende de um jeito que, conforme você vira as paginas, você não percebe que já está chegando no final. E acaba acontecendo a típica situação de todo livro que tem uma história envolvente: você precisa saber o desfecho da historia e entender porque tudo aquilo está acontecendo com os personagens. O mistério do livro faz a leitura fluir muito bem. E ainda tem o suspense! Eu me assustava com cada nova descoberta! Mas as coisas vão fluindo tão perfeitamente que depois de ler a última página você fecha o livro, solta a respiração que estava prendendo sem perceber e começa a refletir sobre a história. Tudo isso faz a leitura ser realmente satisfatória. E, apesar de eu ter tido um pouco de dificuldade de engatar na leitura no começo, o autor fez um ótimo trabalho no desfecho da obra. E foi por isso que eu dei somente três notas musicais para o livro, porque o começo é bom, mas não me conquistou e, em compensação, o meio/final é ótimo e vale super a pena ler. 

Ah! E outra coisa muito interessante desse livro, que pode ser bom para algumas pessoas, mas para mim não foi, é que: os personagens vão sendo apresentados aos poucos. Até o meio do livro entra gente nova na história e eu (com a minha ótima memória) não conseguia gravar todos os personagens, o que me fazia ficar perdida no livro, de novo! O leitor só consegue entender todos os personagens nas ultimas paginas, e se surpreende como todos eles conseguem se encaixar no final, o que é uma coisa muito boa!

Harlan Coben é mestre em prender a atenção do leitor e criar histórias surpreendentes. Ele vai seduzir você na primeira página apenas para chocá-lo na última.” Dan Brown não poderia ter sido mais inteligente na escolha das palavras para descrever o trabalho de Harlan Coben. Quem já leu Não Conte a Ninguém, ou qualquer outro livro do autor, vai entender do que Brown está falando. E quem nunca leu nada do Coben, esteja preparado porque é exatamente o que acontece.

Eu adoro ler livros bem elaborados, aquele do tipo que o autor, de uma forma inteligente, consegue passar para os leitores uma mensagem de reflexão, e se você entender a história vai perceber que esse livro consegue passar várias mensagens importantes. Mas não são reflexões existenciais, nem do tipo que todo mundo se questiona uma vez na vida. É do tipo de situação que todos passam na vida, mesmo inconscientemente. Por exemplo: sobre o amor verdadeiro de duas pessoas, que depois de anos continua preservado, mesmo que as pessoas não sejam as mesmas, porque mudar é inevitável, mas você sempre lembra do porquê de amar aquela pessoa. Ou como o autor consegue relatar a saudade que esse amor faz as pessoas sentirem. E ele consegue descrever o luto no livro, sem deixar a escrita triste ou melancólica. E até mesmo do fato de que, às vezes, depois de vários erros na vida, pessoas boas sempre procuram o perdão, redimindo seus atos tentando fazer algo bom para aqueles que amam (novamente a questão do amor, mesmo que o livro não seja romance, ele está sempre implícito lá). Só para deixar claro, aproveitando o clima, é lindo o amor que o Beck sente pela mulher dele! Achei realmente adorável e, de jeito nenhum, meloso ou aguá com açúcar.


“Eu vivia ouvindo aquele besteirol de 'melhor ter perdido a pessoa amada do que nunca ter vivido um grande amor'. Acredite, não é melhor. Não me mostre o paraíso e depois o destrua.”


Quando eu escrevo uma resenha, eu sempre gosto de procurar curiosidades sobre o livro, e eu acabei descobrindo que Não Conte a Ninguém ganhou uma adaptação para o cinema francês em 2006 e levou 4 Cesars (uma espécie de Oscar francês)! O que não me deixou surpresa porque, como eu já havia dito antes, eu amei o meio/final do livro, então o filme não pode deixar a desejar na ação cinematográfica. Eu só não concordei com o ator que escolheram para fazer o David. Eu imaginava alguém exatamente como o ator Vince Vaughn, ele realmente seria perfeito, ou pelo menos alguém mais novo do que o ator do filme, não sei. O que vocês acham? Deem uma olhada no trailer:






“Três dias antes, eu era um médico dedicado vagando pela minha própria vida como um sonâmbulo. Desde então, eu vira um fantasma, recebera e-mails de minha mulher morta, tornara-me suspeito não de um, mas de dois assassinatos, virara foragido da polícia, atacara um policial e pedira ajuda a um traficante de drogas. As 72 horas mais emocionantes da minha vida. Seria cômico se não fosse trágico.”


Espero que tenham gostado! Se possível, deixem seus comentários a respeito da resenha e do livro. Beijos!


Gênero: Suspense (Policial)
Páginas: 250
Editora: Arqueiro
Classificação: 3/5
Ano de publicação: 2009

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